quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Projeto Redundantes

Durante as oficinas do Projeto Território Museu Mineiro, já estudando fotografia com o professor Tibério França, e tendo o Professor Sebastião Miguel como orientador na Escola Guignard, consegui elaborar uma proposta de internvenção urbana, e acompanhá-la de uma proposta fotográfica, que me apontasse alguma soluções para as questões documentais que me incomodavam. Nesse contexto o Projeto Redundantes surgiu como probabilidade a essas questões: Como registrar uma ação sem que seu registro remeta ao mero índice? Será que ela deveria ser registrada para existir ou deveria ser apenas vivida naquele instante? Qual a validade desse documento se ele se tornar apenas a validação para sua comercialização?





redundância: 1 x 1 - fotografia digital - 7 x 6cm


O projeto “redundantes” surgiu junto a alguns interesses anteriores e à leitura do livro “Não-Lugares” de Marc Augé, no qual discute a nova antropologia e a nova história, nos seus interesses pelo micro universo, e pelos pontos de encontro e passagem do homem como novo foco de estudo e discussões. Outra leitura de grande influência foi o livro “Arte Contemporânea” de Anne Cauquelin, no qual assinala, em uma passagem, a redundância na arte e aponta a comunicação como sendo vital para a Sociedade de Informação na qual vivemos.

Repetição, troca, associação e inserção são algumas das questões trabalhadas dentro desta proposta.

O projeto se constitui como um diálogo, entre um trabalho, “redundância: informação”, consistindo da colagem de pequenos e (quase) quadrados de papel laminado prateados, com tamanho 6 x 7cm, nos telefones públicos de Belo Horizonte, que se encontram nos caminhos pelos quais passo com freqüência, e um fotográfico, “redundância: 1 x 1”, realizado no formato de fotografias digitais, não do processo de colagem em si – seu tema visual direto são os orelhões - mas que garantissem às fotografias uma carga estética própria, permitindo as propostas atuarem de forma dinâmica, não sendo este último trabalho um simples registro da presença de uma ação urbana. De forma a garantir essa distinção, me decidi desde o início da colagem, acompanhá-la com tal proposta fotográfica. Dotando-os de linguagem própria, independente, mas garantindo sua comunicação espero alargar seu campo de discussão e proporcionar novas leituras.

O Projeto fotográfico ainda esta velado, aguardando pelo seu sítio específico.



redundância: 1 x 1 - fotografia digital - 7 x 6cm




laminado colado aos orelhões - 7 x 6cm - 2007

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