sábado, 29 de maio de 2010

Premiados da X Mostra Interna da Escola Guignard - 2009


Projeto Ausência da Presença: Objeto para Ausência da Presença

Consumar



CRO, Flávio. Objeto Para Ausência da Presença, 2009, técnica mista, 100 x 100 x 200cm 



CRO, Flávio. Objeto Para Ausência da Presença, 2009, técnica mista, 100 x 100 x 200cm 





CRO, Flávio. Objeto Para Ausência da Presença, 2009, técnica mista, 100 x 100 x 200cm 






CRO, Flávio. Objeto Para Ausência da Presença, 2009, técnica mista, 100 x 100 x 200cm 


A cama se apresenta como um monumento ao vazio, à morte. Tombado, caído, desmaia ao chão, como o desfalecer de uma relação, e ao contrário da maioria dos monumentos que se erguem, dirigindo-se ao céu, aqui o chão é seu lugar, mas não é um monumento público, que absorve seu entorno em suas questões, é móvel, pode itinerar, estabelecendo relações as mais diversas com cada um que o encontrar, pois se conecta ao outro pela memória, seu lugar é mental.

Dando continuidade ao projeto, o segundo objeto da série foi apresentado na exposição dos premiados da X Mostra Interna da Escola Guignard.



Amigos reunidos no contraste entre felicidade e pesar


Pintura de Márcia Renó


O trabalho de Alexandre Rodrigues em apreciação


Warley Assis


???


A Polêmica Performance do Peixe


Performance de Flávia



quarta-feira, 26 de maio de 2010

PopFluxusCorn






COTTA, Vivian; CRO, Flávio; (…). PopFluxusCorn, 2006 à 2008, 
frente e verso de um postal, 15 x 10 cm.




Segundo Beuys “Todo homem é um artista”, então
porque não dar a chance à alguém, que não se considera
como tal, a possibilidade de se inserir dentro
do sistema da arte? Esta é a premissa do projeto
PopFluxusCorn, utilizar as possibilidades desse
sistema para inserir no mesmo uma probabilidade
artística. Através da mediação de um artista já inserido
no meio, que atua como um orientador/professor/
produtor, esse outro artista, desconhecido
do meio, pode inserir suas posturas artísticas no
mesmo, tendo a possibilidade do reconhecimento
de seu valor e trabalho.

O que chega a vista é um trabalho de co-autoria,
mas não em duas mãos, pois o que “vêem” é o fazer
desse outro artista, mas que só poderia chegar aos
seus olhos através da parceria junto a um artista atuante.
O outro artista se torna o trabalho do artista,
enquanto o trabalho desse outro se torna público,
e o trabalho de ambos se torna a arte.



COTTA, Vivian; CRO, Flávio; (…). PopFluxusCorn, 2006 à 2008, 
frente de um postal, 15 x 10 cm.


COTTA, Vivian; CRO, Flávio; (…). PopFluxusCorn, 2006 à 2008, 
frente de um postal, 15 x 10 cm.


COTTA, Vivian; CRO, Flávio; (…). PopFluxusCorn, 2006 à 2008, 
frente de um postal, 15 x 10 cm.


COTTA, Vivian; CRO, Flávio; (…). PopFluxusCorn, 2006 à 2008, 
frente de um postal, 15 x 10 cm.


COTTA, Vivian; CRO, Flávio; (…). PopFluxusCorn, 2006 à 2008, 
frente de um postal, 15 x 10 cm.


A idéia do projeto era trabalhar com alguém que por não se considerar artista, poderia ter a probabilidade tornar-se um. Utilizando-me de uma premissa de Warhol e Beuys, resolvi encarar a pessoa em si como o projeto e não o resultado visual final do mesmo. Para tanto escolhi uma pessoa próxima, minha namorada na época. Também como forma de agradece-lá por tantas idéias já doadas ao meu fazer. Portanto busquei incentivar e trabalhar com ela suas capacidades fotográficas e de manipulação digital das imagens.
O trabalho se realizou como ações múltiplas, passando não só por uma proposta relacional, mas pela docência, fotografia, infografia, intervenção urbana, etc.. Tais processos o acompanharam durante seus dois anos de execução. Culminando na mostra do mesmo, bem como na produção de uma dissertação.



O resultado foi apresentado como projeto de colação de grau na Galeria da Escola Guignard, bem como em diversos pontos da cidade.



COTTA, Vivian; CRO, Flávio; (…). PopFluxusCorn, 2006 à 2008, 
frente de um postal, 15 x 10 cm.


Luiz e Eu na Abertura da exposição


Vivian e Eu


Amigos e parentes prestiginado


Vivian, Marcelo e Mamãe


Interagindo




repondo


colecionando


pegando


distribuindo



Luiz Henrique por Vivian Cotta

terça-feira, 25 de maio de 2010

diário de um pequeno quebra-cabeças




MBR, Célia; CRO, Flávio; et al. Diário de Um Pequeno Quebra-Cabeças,
1981 à 1985, 2006 à 2008, técnica mista, 105 x 50 x 40cm.



Por incentivo de minha ex-namorada transformei meu diário de bebê em um Diário de Um Pequeno Quebra-Cabeças. No começo relutei, mas um caderno ganho ali, um scaner com defeito aqui, foram todos de encontro e me mostraram um caminho a seguir. Assim reuni todos os personagens presentes nesse registro de minha infância e prestei uma homenagem não só a sua autora inicial, minha mãe, mas a todos os atores presentes dentro daquele memorial. Suas páginas foram escaneadas, trabalhadas digitalmente, impressas e retrabalhadas manualmente. Sua autoria foi compartilhada com todos os envolvidos, e sua data expandida. Todas as conexões foram truncadas de forma que, no passar de cada página, elas se refizessem nas memórias de seu leitor.

Sua apresentação foi realizada na Exposição de Graduação dos Formandos em Desenho da Escola Guignard, em 2008. Minha orientação no trabalho inicialmente ficou a cargo de  Marco Túlio Resende, sendo concluída posteriormente por Isaura Pena.



MBR, Célia; CRO, Flávio; et al. Diário de Um Pequeno Quebra-Cabeças,
1981 à 1985, 2006 à 2008, técnica mista, 105 x 50 x 40cm.



MBR, Célia; CRO, Flávio; et al. Diário de Um Pequeno Quebra-Cabeças,
1981 à 1985, 2006 à 2008, técnica mista, detalhe de uma das páginas, 105 x 50 x 40cm.


MBR, Célia; CRO, Flávio; et al. Diário de Um Pequeno Quebra-Cabeças,
1981 à 1985, 2006 à 2008, técnica mista, detalhe de uma das páginas, 105 x 50 x 40cm.



MBR, Célia; CRO, Flávio; et al. Diário de Um Pequeno Quebra-Cabeças,
1981 à 1985, 2006 à 2008, técnica mista, detalhe de uma das páginas, 105 x 50 x 40cm.



MBR, Célia; CRO, Flávio; et al. Diário de Um Pequeno Quebra-Cabeças,
1981 à 1985, 2006 à 2008, técnica mista, detalhe de uma das páginas, 105 x 50 x 40cm.



MBR, Célia; CRO, Flávio; et al. Diário de Um Pequeno Quebra-Cabeças,
1981 à 1985, 2006 à 2008, técnica mista, detalhe de uma das páginas, 105 x 50 x 40cm.


Eu Sou Massa


A exposição realizada na Escola Guignard tinha um título/conceito: Eu Sou Massa.

Transferindo-o para a academia na qual escalo, escolhi 4 imagens de escaladores para representarem o mesmo.



CRO, Flávio. Marina, 2008, fotografia digital, 10 x 10cm.

CRO, Flávio. Alexandre, 2008, fotografia digital, 10 x 10cm.

CRO, Flávio. "Dave", 2008, fotografia digital, 10 x 10cm.

CRO, Flávio. Alexis, 2008, fotografia digital, 10 x 10cm.

X Mostra Interna da Escola Guignard - 2008


Projeto Ausência da Presença: Objeto Para Lembranças de Encontros Inexistentes


Enamorar



CRO, Flávio. Objeto Para Lembranças de Encontros Inexistentes, 2008, 
técnica mista, díptico, 33 x 24 x 20cm (cada).



Aqui a prioridade está mais na ativação no outro, de memórias de perdas compartilhadas, no pesar, pois o “objeto” não dá ao público a possibilidade de sua recriação, mas apenas a da duplicação de sua motivação. Embora ambos compartilhem a situação da perda em forma de “monumentos” contemporâneos, ligando-se no respeito em relação aos sentimentos humanos. Para Bourriaud (2009, p.79), “a essência do monumental: em outras palavras, é a produção de uma emoção moral.”. Erigidos como monumentos à dor, em respeito a, elevam aos outros sua situação de in memoriam...

O primeiro: Objeto Para Lembranças de Encontros Inexistentes, foi apresentado na X Mostra Interna da Escola Guignard.





CRO, Flávio. Objeto Para Lembranças de Encontros Inexistentes, 2008, 
técnica mista, díptico, 33 x 24 x 20cm (cada).

sábado, 22 de maio de 2010

Diáspora Negra: resistência e ousadia

A convite de Sebastião Miguel participei da exposição Diáspora Negra: Resistência e Uusadia; realizada na Casa de Câmara e Cadeia em Mariana MG.

O trabalho construído para a mostra, tentava refletir sobre a condição passada e presente imposta ao negro.



CRO, Flávio. Sem Título, 2007, técnica mista, coleção privada.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Exposição 10 - Galeria da CEMIG - diário DA AULA

A resposta gráfica do papel ao gesto do artista também foi o meio escolhido por FLÁVIO para o seu “Diário DA AULA” - registros em folhas soltas, depositados em caixa transparente, em que cada uma de suas páginas em papel laminado, verso e reverso, trazem um curioso diário de aulas da disciplina “Desenho de Criação”. Na face prata, os relevos conseguidos pela pressão do lápis no verso da folha, táteis como escrita em Braille, convidam a quem manipula tais folhas a interagir, tanto com as sensações perceptíveis às pontas dos dedos e aos olhos, como com o próprio vulto espelhado, despertando daí um desejo de decodificar esses registros. Para isso, a ordem de leitura é aleatória, permitindo que cada visitante componha uma leitura pessoal da obra.

Sandra Bianchi
Curadora da mostra.

A mostra "10" aconteceu em outubro de 2007 na galeria da CEMIG, e contou com a participação de:

Alessandro Lima de Menezes; Alexandre Rodrigues; Cícero Miranda; Daniel Herthel; Flávio C. R. O.; Josana Matedi; Luiz Fernandos; Margarida Lima de Campos; Paulo Nazareth; Tereza Moura


CRO, Flávio. Diário DA AULA, 2007, técnica mista sobre laminado prata, 10 x 35 x 30cm, coleção privada.
Fotografia: Luiz Henrique Vieira.


CRO, Flávio. Diário DA AULA, 2007, técnica mista sobre laminado prata, 10 x 35 x 30cm, coleção privada.
Fotografia: Luiz Henrique Vieira.


CRO, Flávio. Diário DA AULA, 2007, técnica mista sobre laminado prata, 10 x 35 x 30cm, coleção privada.
Fotografia: Luiz Henrique Vieira.

Como forma de garantir sua leitura e constituição em um diário-objeto, foi construída uma caixa em acrílico transparente, um “mausoléu” no qual as páginas do diário são mantidas, sendo que as paredes guardam e revelam o que está em seu interior, aguçando a curiosidade de quem o observa, e sua vontade de descobrir as páginas que ali se encontram, mas também afirmando uma característica de proteção, frieza e beleza, quase dizendo: não me toque! Pois ali jaz algo precioso e “morto” ao contato físico. Dentro desta caixa as folhas do diário permanecem soltas, sem costuras que as liguem ou garantam uma ordem, deixando a cargo dos observadores a possibilidade de ordená-las como queiram, também possibilitam que se aproximem das páginas o quanto desejarem o que facilita sua inserção e re-interpretação do trabalho, além de trabalhar o lado sensorial através do toque no relevo. A inserção das imagens do espectador-leitor garantem-no como foco de interesse, além de deixarem entrar cor e vida, retirando do trabalho um pouco da frieza e do distanciamento que seu material e seu envoltório em acrílico proporcionam.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Projeto Redundantes

Durante as oficinas do Projeto Território Museu Mineiro, já estudando fotografia com o professor Tibério França, e tendo o Professor Sebastião Miguel como orientador na Escola Guignard, consegui elaborar uma proposta de internvenção urbana, e acompanhá-la de uma proposta fotográfica, que me apontasse alguma soluções para as questões documentais que me incomodavam. Nesse contexto o Projeto Redundantes surgiu como probabilidade a essas questões: Como registrar uma ação sem que seu registro remeta ao mero índice? Será que ela deveria ser registrada para existir ou deveria ser apenas vivida naquele instante? Qual a validade desse documento se ele se tornar apenas a validação para sua comercialização?





redundância: 1 x 1 - fotografia digital - 7 x 6cm


O projeto “redundantes” surgiu junto a alguns interesses anteriores e à leitura do livro “Não-Lugares” de Marc Augé, no qual discute a nova antropologia e a nova história, nos seus interesses pelo micro universo, e pelos pontos de encontro e passagem do homem como novo foco de estudo e discussões. Outra leitura de grande influência foi o livro “Arte Contemporânea” de Anne Cauquelin, no qual assinala, em uma passagem, a redundância na arte e aponta a comunicação como sendo vital para a Sociedade de Informação na qual vivemos.

Repetição, troca, associação e inserção são algumas das questões trabalhadas dentro desta proposta.

O projeto se constitui como um diálogo, entre um trabalho, “redundância: informação”, consistindo da colagem de pequenos e (quase) quadrados de papel laminado prateados, com tamanho 6 x 7cm, nos telefones públicos de Belo Horizonte, que se encontram nos caminhos pelos quais passo com freqüência, e um fotográfico, “redundância: 1 x 1”, realizado no formato de fotografias digitais, não do processo de colagem em si – seu tema visual direto são os orelhões - mas que garantissem às fotografias uma carga estética própria, permitindo as propostas atuarem de forma dinâmica, não sendo este último trabalho um simples registro da presença de uma ação urbana. De forma a garantir essa distinção, me decidi desde o início da colagem, acompanhá-la com tal proposta fotográfica. Dotando-os de linguagem própria, independente, mas garantindo sua comunicação espero alargar seu campo de discussão e proporcionar novas leituras.

O Projeto fotográfico ainda esta velado, aguardando pelo seu sítio específico.



redundância: 1 x 1 - fotografia digital - 7 x 6cm




laminado colado aos orelhões - 7 x 6cm - 2007