domingo, 20 de dezembro de 2015

Minerar o Passado



CRO, Flávio. Minerar o Passado, exposição de objetos manipuláveis em aço e pedra sabão (sem títulos), dimensões cúbicas variadas.
Fotografia: Luiz Henrique Grossi
Fonte: acervo do artista.




CRO, Flávio. Minerar o Passado, exposição de objetos manipuláveis em aço e pedra sabão (sem títulos), dimensões cúbicas variadas, vídeo do espaço expositivo, 1'36".
Fonte: acervo do artista.




A pesquisa nasceu em 2006 a partir de uma frase atribuída a Amilcar de Castro, muito proferida durante meu curso pelos professores da Escola Guignard: “original têm a ver com origem...” A frase ecoava na minha mente, me relembrando do Aço de nossas minas com o qual Amilcar solidificou, no espaço, a matéria de sua origem mineira, me fazendo indagar sobre a minha origem e me levando a escavar meu passado em busca do que me define.


Durante essa busca me deparei, numa de minhas viagens para escalar as rochas de Ouro Preto, com uma parte da resposta, a Pedra Sabão, material primordial do nosso barroco mineiro. De posse dessas peças pude perceber que detinha mais uma parte desse quebra cabeça, a Manipulação, esse outro elemento “original”, da mineira Lygia Clark, veio completar minha busca, mas com outro problema: como amalgamar esses elementos de artistas que transcenderam sua relevância, de tamanho peso na história da arte e que foram extenuantemente requisitados em nosso meio? Uma das possíveis respostas foi apresentada nessa exposição.

Dulce Couto, Eu e Fernando Perdigão no final da montagem
Fotografia: Luiz Henrique Grossi
Fonte: acervo do artista.


CRO, Flávio. Minerar o Passado, exposição de objetos manipuláveis em aço e pedra sabão (sem títulos), dimensões cúbicas variadas, espaço expositivo.
Fonte: acervo do artista.

CRO, Flávio. Minerar o Passado, exposição de objetos manipuláveis em aço e pedra sabão (sem títulos), dimensões cúbicas variadas, vídeo do espaço expositivo, 1'23".
Fonte: acervo do artista.

Cartaz da Exposição a partir da leitura de Fernando Perdigão.

CRO, Flávio. Minerar o Passado, vídeo da manipulação, 39"'.
Fonte: acervo do artista.




  





CRO, Flávio. Minerar o Passado, exposição de objetos manipuláveis em aço e pedra sabão (sem títulos), dimensões cúbicas variadas.
Fotografias: Luiz Henrique Grossi
Fonte: acervo do artista.



Minerar o Passado,  livro de assinaturas.
Fonte: acervo do artista.

Minerar o Passado, vídeo da manipulação, 20".
Fonte: acervo do artista.


Minerar o Passado, convite da exposição.

Fonte: acervo do artista.







Catálogo da exposição.
Fonte: acervo do artista.

Os Espaços Expositivos e catálogo também abrigaram a exposição: O Papel dos Bichos de  Onilson Coelho.

Poder compartilhar obras e saberes que se comunicam em determinadas questões, como as diversas possibilidades se se recriar os "bichos", só faz crescer diálogos e potencialidades imaginárias.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O Caso do Acaso


A Galeria Chimera Cultural apresenta exposição individual de Flávio CRO. 

CRO, Flávio. O Caso do Acaso, 2015, quatro momentos.
Fonte: Acervo do Artista. 
Fotografia: Ricardo Lobato.

Foram apresentadas pinturas da série Revoada, desenhos da série Vivendo de Ar...: http://flaviocro.blogspot.com.br/2011/01/vivendo-de-ar.html e um livro objeto da série Pão Nosso de Cada Dia: http://flaviocro.blogspot.com.br/2012/10/pao-nosso-de-cada-dia.html.



CRO, Flávio. O Caso do Acaso, 2015, panorâmica da exposição
Fonte: Acervo do Artista. 
Fotografia: Marcelo Bambirra.

CRO, Flávio. O Caso do Acaso, 2015, vídeo panorâmico da exposição, 1,13'.
Fonte: Acervo do Artista.

A série Vivendo de Ar... são desenhos, composições dípticas realizadas em volantes e loteria e apostas da Mega Sena que tratam a loteria como uma metáfora. Nas palavras do artista: “Cada desenho é uma aposta, uma chance ilusória de fama e glória. A Mega-Sena é para muitos um sonho de resgate da miséria, de se elevar de onde quer que se esteja. A chance é claro: irrisória; acontece para poucos, muitas vezes escolhidos dentro das trapaças do sistema, para outros não chega para durar, e para a maioria é perseguida ao longo de toda uma vida de escravidão; como crença ela encarna a esperança de um povo, para o qual só não lhe foi negado o direito de sonhar. A loteria é a materialização das ilusões do nosso sistema cultural. Por isso tal trabalho se apropria dessa mesma ficção e se um dia terminar, será quando seu milhão alcançar.”


CRO, Flávio. Vivendo de Ar..., 2010..., work in progress, esferográfica sobre volante de loteria e aposta.



A série Revoada são montagens de quebra-cabeças de pinturas sobre as paredes. Inspirada nos Azulejões, pinturas modulares de Adriana Varejão e na série de gravuras Revoadas de Tales Bedeschi – da qual toma emprestado o título. O trabalho se integra ao espaço absorvendo a arquitetura do local, no qual se instala, imergindo o expectador nesse ambiente. A partir do impacto do encontro com esse outros trabalhos, Flávio CRO começou a imaginar como construiria sua resposta poética, como aceitaria o desafio da pintura contemporânea em relação a tantas propostas sem se perder nessa aquarela. O desafio a que se propôs foi o da releitura e o da apropriação, de técnicas e de temas, para construir sua visão da pintura como um quebra-cabeças contemporâneo, cuja contaminação longe de pressupor um fim, ataca sua pureza para unir práticas e dialogar sobre as diferenças que cada um é capaz de manifestar.


CRO, Flávio. Revoada: Pássaro Borrado, dentre outros..., 2015, esmalte sintético sobre madeira; montagem de quebra-cabeças de pinturas na parede, dimensões variadas.



CRO, Flávio. Revoada, 2015, montagem de quebra-cabeças de madeira na parede, dimensões variadas.

No trabalho Pão Nosso de Cada Dia procura criar algumas associações do seu título com a religiosidade e a ideia de ganhar o pão, vinculando o preço do trabalho ao preço do pão, através da manutenção das etiquetas eletrônicas de preço; a cada vez que o trabalho é exposto ganha mais páginas e a somatória do valor estampado nas etiquetas nos conta seu preço atual.  

CRO, Flávio. Pão Nosso de Cada Dia, 2011 à ..., diário feito com papéis de pão, parafusos, porcas e arruelas; cujo preço é a somatória dos valores impressos nas etiquetas eletrônicas, atualmente: O Caso do Acaso 17/08/2015 = R$1.103,63; anteriores: 4ª Bienal do Livro de BH 20/11/2014 = R$ 967,88; 1ª Ocupação Cultural de Sabará 23/11/2013 = R$ 790,04 Agência Status 18/11/2013 = 788,14; Baú 104 2ªed 16/12/2012 = R$ 227,90; Baú 104 1ª ed 10/2012 = R$ 206,55; 1ª apresentação 2012 = R$ 164,84.

Além das séries acima mencionadas o artista mineiro 
Rafael Perpétuo foi convidado para realizar uma intervenção gastronômica durante abertura da exposição...

PERPÉTUO, Rafael. ?, 2015, pães caseiros coloridos.
Fonte: Acervo do Artista. 
Fotografia: Marcelo Bambirra

Mestrando pela Escola Guignard-ESMU, Pós Graduado e Graduado pela Escola Guignard da UEMG, o trabalho de Flávio CRO transita entre o conceitual e o experimental, muitas vezes fazendo da rua o seu ateliê ou trazendo as suas experiências urbanas para dentro das galerias, faz com que o trabalho se modifique a cada vez que é apresentado, causando um embate dinâmico entre o público, a obra e o espaço expositivo. Com exposições pelo Brasil e exterior, Flávio CRO é um dos novos artistas que contribuí para o fortalecimento da arte mineira.

Texto de Alberto Hermanny


Comemoração pela abertura da exposição e entrada no mestrado.
Fonte: Acervo do Artista. 
Fotografia: Andreza Gomes.














Abertura da exposição.
Fonte: Acervo do Artista. 
Fotografias: Marcelo Bambirra.







Abertura da exposição.
Fonte: Acervo do Artista. 
Fotografias: M Túlio Brant.


















GALERIA CHIMERA CULTURAL



Nome: “O Caso do Acaso”, de Flávio CRO


Período: de 28/08/2015 à 28/09/2015 das 14hs às 20hs

Endereço: Av. Cristóvão Colombo 631

Tel.: (31)9525-8080

E-mail: chimeracultural@outlook.com

https://www.facebook.com/chimerabh

Entrada livre e gratuita (toque a campainha)