Ofereço companhia artística p passeios no elevador da Guignard, às 17hs de dias ensolarados; motivo: a luz; interessados contatem. x dias
A frase acima foi veiculada em 3 redes sociais diferentes, da forma como veem nas imagens, por um período de 30 dias.
A ação Luz foi criada com o intuito de oferecer minha companhia artística para a observação da luz, que penetrava por uma fresta, no elevador da Escola Guignard, no momento em que sua lâmpada era apagada. O objetivo visado era o compartilhamento dessa experiência, com as pessoas que aceitassem o convite, numa ação de troca, caso se dispusessem a falar, ficar em silêncio ou mesmo ignorando a luz que as "escaneava" através daquela fresta, etc. Bom, isso jamais saberei..
De fato a experiência fracassou! Durante os 30 dias de sua oferta só uma pessoa se disponibilizou a aceitá-la, mas precisou desmarcar. Outras que se dirigiram para o evento: Onde Vive a Obra? Exposição da pós da Guignard, encontraram o elevador caracterizado para um trabalho do Marcelo De Paula. Então o que acontece ao projeto? Ele nunca se constituiu em arte? Nunca aconteceu?
Bem na minha forma de ver: falhou! Mas isso não quer dizer que não tenha alcançado resultados diferentes dos almejados em sua proposta inicial. Para minha satisfação alguns trabalhos de arte escapam de nossas expectativas e se reformulam na experiência dos outros.
Mesmo não conseguindo nenhuma companhia com a qual partilhar a experiência e embora tenham passado os 30 dias de sua "experimentação", ainda recebo perguntas sobre a ação. Diversas pessoas comentaram-na, algumas pessoas se dispuseram foram e realizaram uma experiência solo, ou escolheram uma companhia mais oportuna; a frase circulou e me fez vê-la chegar ao outro e não morrer em mim.
Como toda relação uma experiência de arte só se garante no compartilhamento de suas questões. O artista nunca deve ser uma fonte morta na qual o trabalho se funda e termina, nesse contexto deve sempre buscar a troca...
Portanto: VINGOU!
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